Morre aos 88 anos, Douglas Engelbart, o inventor do mouse
O cientista visionário norte-americano Douglas Engelbart que inventou o mouse morreu nesta terça-feira (2) aos 88 anos. Ele estava em sua casa em Atherton, no Estado da Califórnia nos Estados Unidos.
Segundo declarou sua esposa, Karen O’Leary Engelbart ao jornal “New York Times”, o cientista teve uma crise de insuficiência renal.
Nascido em Oregon, em Portland, em 1925, Douglas Engelbart tinha Ph.D. em engenharia elétrica pela Universidade de Berkeley.
Depois de atuar como professor assistente em Berkeley, ele se transferiu para Instituto de Pesquisa da Universidade de Stanford, onde trabalhou por vinte anos.
Segundo o Museu da História do Computador, foi lá que, ao fundar em 1959 o Augmentation Research Center, Engelbart desenvolveu algumas de tecnologias centrais para o mundo da informática.
Em dezembro de 1968, o engenheiro apresentou o seu sistema chamado NLS. A estação de trabalho da ferramenta era composta por uma tela, teclado e uma manivela que exercia a função do mouse.
Segundo o Museu, o NLS já apresentava funções precursoras de componentes da informática atual, como hipertextos, múltiplas janelas e teleconferência em vídeo. Além do mouse, é claro.
Em 1962, Engelbart descreveu um acessório que transformou a maneira como os internautas interagem com os computadores. Aquilo que viria a se tornar o mouse.
Com o protótipo nada ergonômico, o inventor tinha o objetivo de mudar a maneira como as pessoas manuseavam informações contidas em computadores.
Autor de mais de 20 patentes de tecnologia, Engelbart recebeu em 2000 a Medalha Nacional de Tecnologia, das mãos do então presidente norte-americano Bill Clinton. A honraria é um prêmio de reconhecimento às pessoas responsáveis por grandes inovações tecnológicos.
O mouse, por exemplo, foi patenteado em 1970, como um “indicador de posicionamento X e Y para monitores”.
Em 2005, tornou-se parceiro do Museu da História do Computador pelo “avançado estudo da interação entre computadores e homens, desenvolvimento do dispositivo do mouse e pela utilização dos computadores para melhorar a eficiência organizacional”.
Fonte: G1