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Ademir Marques de Menezes (Recife, 8 de novembro de 1922 — Rio de Janeiro, 11 de maio de 1996) foi um futebolista brasileiro.

Apelidado de “Queixada” devido ao queixo proeminente, Ademir foi um cultuado artilheiro revelado pelo Sport Club do Recife, para muitos o maior jogador a ostentar no peito o leão rampante e a Cruz de Malta, símbolos do rubro-negro pernambucano e do Vasco da Gama respectivamente.

Pela seleção brasileira, foi campeão sul-americano em 1949 e artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com nove gols. É também, junto com outros atletas, o terceiro maior artilheiro da Copa América, com treze gols marcados.

Ademir Menezes foi eleito o melhor jogador do Vasco nas temporadas 1949, 1950, 1951 e 1952.

Ademir iniciou sua carreira em 1938 no Infantil do Sport Club do Recife. Após brilhar no time infantil do Sport, conquistando os títulos pernambucanos da categoria em 1938 e 1939, o craque foi promovido à equipe principal rubro-negra. Estreou no futebol profissional em 1939, aos 16 anos de idade, em um Sport x Tramways pelo Campeonato Pernambucano. Naquele ano, o ainda muito jovem Ademir jogaria apenas mais um jogo, um amistoso em Salvador, do qual participou como suplente.

Em 1940, Ademir aos poucos começou a ganhar espaço na equipe principal. Disputou vários amistosos como titular do time. Porém, no Pernambucano, apesar de ter participado de diversas partidas, na grande maioria delas entrou como suplente.

O ano de 1941 foi aquele em que a estrela de Ademir brilhou mais forte em sua passagem pelo Sport. Embora tivesse apenas 18 anos durante a maior parte da temporada, conquistou a titularidade absoluta e o status de craque da equipe. Levantou a taça do Pernambucano daquele ano de maneira invicta, como artilheiro da competição com quatorze gols. Foi neste campeonato que Ademir fez seu único hat trick com a camisa rubro-negra. A vítima foi o Náutico, numa goleada por 8×1, em pleno Estádio dos Aflitos.

No final da temporada, o Sport partiu para sua primeira excursão ao Sul e Sudeste do país, sob o comando do uruguaio Ricardo Diez. Esta excursão ficou marcada na história pelos excepcionais resultados obtidos pelo rubro-negro pernambucano, em um tempo no qual o restante do Brasil considerava quase inexistente o futebol nordestino. Foram 18 jogos: 11 vitórias, 2 empates e 5 derrotas. Daquele time brilhante, Ademir era o gênio.

Após uma exibição de gala contra o Vasco, dirigentes do clube carioca iniciaram negociação para contratá-lo. Na volta da excursão ao Recife, já em 1942, Ademir jogou dois jogos de despedida pelo Sport e partiu para o Rio de Janeiro, onde integrou um dos maiores times da história do Vasco, e para muitos do futebol mundial: o “Expresso da Vitória”.

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