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Francisco de Paula Ramos de Azevedo (Campinas, 8 de dezembro de 1851 — São Paulo, 1 de junho de 1928) foi um arquiteto brasileiro.

Jovem ainda, dirigiu-se a Gante, na Bélgica, para estudar Engenharia Civil. Segundo seus biógrafos, no entanto, conta-se que o diretor do curso de Arquitetura da escola surpreendeu-se com a qualidade de seus trabalhos e ordenou-lhe que trocasse de carreira. Naquela escola estudou a arquitetura clássica, mas foi influenciado a seguir as proposições do ecletismo arquitetônico.

Recém-formado, estabeleceu-se em Campinas onde executou seus primeiros projetos. Foi responsável pela conclusão da construção da catedral da cidade, o primeiro de seus grandes trabalhos.

Teatro Municipal de São Paulo, obra do Escritório Técnico Ramos de Azevedo.
No fim do século XIX foi convidado a projetar as residências de alguns membros da elite paulista. Decidiu estabelecer na cidade de São Paulo um escritório técnico, que levou seu nome, o qual em pouco tempo se transformou no principal influenciador da arquitetura local.

Durante algumas décadas foi deste escritório que saíram praticamente todos os projetos residenciais da elite e os principais projetos públicos da cidade.

Ramos de Azevedo participou da fundação da Escola Politécnica junto de um grupo de aristocratas paulistas ligados às correntes políticas consideradas progressistas, estabelecendo na escola um modelo similar ao que experimentou na Europa. Sua ligação com o ensino também aconteceu quando se tornou diretor do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde promoveu uma reforma de ensino que tornaria a escola autossuficiente e reconhecida em todo o país.

Devido à importância de sua obra para a cidade de São Paulo, foi erigido em frente ao prédio do Liceu, na Avenida Tiradentes, o Monumento a Ramos de Azevedo. Devido às obras do metrô na década de 1970, este monumento foi transportado para o campus da Universidade de São Paulo, na capital, e está hoje na Praça Ramos de Azevedo, em frente à Escola Politécnica que ajudou a criar.

Apesar de todas as obras do “Escritório Técnico Ramos de Azevedo” terem a assinatura de seu fundador enquanto era vivo, sabe-se que grande parte delas não foi diretamente projetada por ele. Nesta lista constam tanto obras próprias quanto obras apenas assinadas por ele. No início do século XX assumem o escritório os sócios Ricardo Severo (1869-1940) e Arnaldo Dumont Villares (1888-1965), os quais passam a coordenar de fato os novos projetos. O Escritório Técnico de Ramos de Azevedo, foi o responsável pelos projetos das principais obras executadas pela construtora Siciliano e Silva, do Eng. Heribaldo Siciliano.

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