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Pedro Luís Maria José Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Ligne (Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 1983 — Oceano Atlântico, 31 de maio de 2009),príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, foi um administrador de empresas franco-brasileiro, o filho mais velho de D. Antônio João de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, e de D. Christine de Ligne, princesa de Ligne.

Pedro Luís era trineto da princesa Isabel de Bragança, a última princesa imperial do Brasil, e do príncipe imperial consorte Gastão de Orléans, conde d’Eu, e tetraneto dos imperadores Dom Pedro II e Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias. Era, também, o quarto na linha de sucessão ao extinto trono imperial brasileiro. Faleceu no acidente aéreo do vôo Air France 447.

Pedro Luís nasceu em 12 de janeiro de 1983, no Rio de Janeiro. Era o filho mais velho de Antônio João de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, e de D. Christine de Ligne, princesa de Ligne. Sendo seus tios mais velhos, Dom Luís Gastão e Dom Bertrand, celibatários, e após seu próprio pai, era esperado que Dom Pedro Luís viesse a se tornar em seu devido momento o chefe da Casa Imperial do Brasil e herdeiro da extinta coroa brasileira. Era descendente não apenas dos imperadores brasileiros, mas também de diversos monarcas europeus e, colateralmente, de Maurício de Nassau, príncipe de Nassau-Siegen, famoso governante holandês da Nova Holanda(1630-1654), colônia dos Países Baixos no nordeste brasileiro durante o período colonial, estabelecida aquando das invasões holandesas ao nordeste do Brasil, no século XVII.

Com apenas dez anos de idade, era visto ao lado do pai na campanha pela restauração da monarquia durante o plebiscito de 1993. Os próprios Dom Luís e Dom Bertrand reconheciam que Dom Pedro seria uma melhor opção como futuro imperador caso a opção pela monarquia fosse a mais votada pelos brasileiros, o que acabou não ocorrendo (6.840.551 brasileiros, ou 13% dos votos válidos, votaram a favor da monarquia parlamentarista).

Sendo membro do ramo de Vassouras, não tinha direito aos proveitos do laudêmio de Petrópolis (ao contrário do outro ramo dos descendentes de D. Isabel de Bragança, última princesa imperial do Brasil, e de D. Gastão de Orléans, conde d’Eu e príncipe consorte, que não fazem parte da família imperial – ramo este comandado por Dom Pedro Carlos de Orléans e Bragança) e vivia confortavelmente, mas “sem grandes luxos”. Não possuía carro e andava de ônibus para se locomover pelo Rio de Janeiro. A respeito de sua condição como príncipe de um trono há muito extinto e da responsabilidade inerente, afirmou: “A gente carrega esse fardo e precisa dar exemplo.” A partir de 1999, tornou-se presidente de honra da Juventude Monárquica do Brasil e detinha para si os títulos de grã-cruz das Imperiais Ordens de Pedro Primeiro e da Rosa.

Pedro formou-se em Administração de Empresas pelo Ibmec no Rio de Janeiro e realizou uma pós-graduação em Economia pela Fundação Getúlio Vargas.Desde 2005, vivia no Luxemburgo, onde trabalhava no banco BNP Paribas (um dos maiores bancos da Europa) e realizava consultoria empresarial. Também buscava encontrar uma potencial noiva que fizesse parte da realeza, visto que era obrigado a tanto por ser príncipe do Brasil e futuro chefe da Casa Imperial brasileira. A respeito de sua vida, declarou em entrevista: “É normal. Somos cidadãos como os outros, temos que trabalhar para viver”.

Era considerado pela maior parte dos monarquistas brasileiros como depositante de “todas as suas esperanças e aspirações” graças ao “vigor da juventude e a seriedade de seu caráter”. A seu respeito, Duarte Pio de Bragança, atual duque de Bragança e primeiro na linha de sucessão ao trono real português, afirmou: “É uma pessoa muito inteligente. Tenho as melhores referências dele”.

O príncipe estava retornando para Luxemburgo, onde morava, após visitar a família no Rio de Janeiro, quando desapareceu no acidente aéreo do voo Air France 447, no dia 31 de maio de 2009. Dias mais tarde, seu corpo foi recolhido do mar pela Marinha do Brasil e sua identidade confirmada pelo IML de Recife. Foi sepultado em 6 de julho de 2009, no jazigo da família, no município de Vassouras, onde também está sepultado seu avô,Pedro Henrique de Orléans e Bragança, ex-chefe da Casa Imperial do Brasil.

Devido a sua morte, seu irmão Rafael Antônio Maria de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, o sucede na linhagem dinástica brasileira, visto este ser o quinto membro da linhagem imperial.

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