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Hoje, 12 de Setembro, homenageamos Wesley Duke Lee. Wesley, foi um artista plastico brasileiro.

 


 

Vida;

Filho de William Bowman Lee Jr, descendente de uma família do sul dos Estados Unidos, e de Odila de Oliveira Lee, filha de portugueses do Douro e Beira Alta, Wesley inicia seus estudos no curso de desenho livre do MASP, em 1951. No ano seguinte, embarca para Nova York, onde estuda na Parsons School of Design e no American Institute of Graphic Arts até 1955 e entra em contato com a obra de Robert Rauschenberg, Jasper Johns Cy Twombly e com a pop art em geral. De volta ao Brasil, abandona a carreira publicitária e estuda pintura com o italiano Karl Plattner, que então vivia no Brasil. Acompanha-o à Itália e à Áustria até 1960. Também viaja a Paris, onde tem aulas na Académie de la Grande Chaumière e no ateliê de Johnny Friedlaender.

Novamente retorna ao Brasil, em 1963. Ousado e polêmico, inicia um trabalho com jovens artistas e realiza, em 23 de outubro do mesmo ano, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O Grande Espetáculo das Artes, um dos primeiros happenings do Brasil. Com Maria Cecília Gismondi, Bernardo Cid, Otto Stupakoff e Pedro Manuel-Gismondi, entre outros, procura formar um grupo dedicado ao Realismo Mágico. Participou também, em 1966, da fundação do Grupo Rex, com Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser. A iniciativa, uma reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960, perdurou até 1967, desdobrou-se no espaço alternativo Rex Gallery & Sons e no jornal Rex Time. Desenhista, gravador, pintor e professor, Wesley Duke Lee foi um dos introdutores da Nova Figuração no Brasil.

Entre 1964 e 1966, a convite de Walter Zanini, primeiro diretor do MAC-USP, participa, juntamente com Bin Kondo, Fernando Odriozola e Yo Yoshitome, do Phases, movimento artístico surgido na França, a partir do surrealismo.

Em 1964, foi um dos primeiros voluntários para testes sobre os efeitos do LSD, numa clínica em São Paulo. Tomava o ácido e se trancava numa sala para desenhar. Essa experiência resultou nas séries Lisérgica e Da Formação de um Povo, ambas dotadas de forte carga política contra o regime militar que se instalava no país.

Nos anos 1980, trabalhou no Centro de Reprodução Xerox, em Nova York, incorporando fotocópia, Polaroid, vídeo e computação gráfica ao seu trabalho. Duke Lee teve trabalhos expostos na 44ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Tóquio. Dizia-se influenciado pelo movimento dadaísta, pela pop art e pela publicidade.

 

Morte;

O artista expôs em São Paulo pela última vez em 2006. Sofria, desde 2007, do Mal de Alzheimer e faleceu em 12 de setembro de 2010, aos 78 anos de idade, vítima de complicações respiratórias decorrentes de sua doença. No dia de sua morte, realizava-se no Rio de Janeiro uma exposição retrospectiva da sua carreira .

 

Exposições Individuais;

961 São Paulo SP – Individual, na Galeria Sistina

1962 São Paulo SP – Individual, na Galeria Michel

1963 Milão (Itália) – Individual, na Galeria Sistina

São Paulo SP – Wesley Realista Mágico apresenta A Exposição, no João Sebastião Bar (primeiro happening no Brasil)

1964 Rio de Janeiro RJ – Wesley: têmperas e desenhos, na Petite Galerie

São Paulo SP – Pau Brasil, na Galeria Atrium

Viena (Áustria) – Individual, na Nebehay Gallery

1965 São Paulo SP – W.D.Lee, na Seta Galeria de Arte

Tóquio (Japão ) – Wesley Duke Lee Exhibition, na Tokio Gallery

1968 São Paulo SP – A Zona – Considerações: retrato de Assis Chateaubriand, no MAC/USP

1970 São Paulo SP – Iconografia Botânica, na Galeria Ralph Camargo

1972 São Paulo SP – Wesley Duke Lee: três livros de gravuras e um caderno de desenho, no Masp

1975 Exposição de desenhos realizados para o Relatório Anual para as Financeiras Itaú

1976 São Paulo SP – As Sombra Ações, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Individual, na Galeria Luisa Strina

1977 São Paulo SP – Individual, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas, etc., na Galeria Luisa Strina

1978 Rio de Janeiro RJ – Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas etc, na Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt

 

São Paulo SP – Minha Viagem à Grécia no Helicóptero de Leonardo da Vinci, no Masp

1979 Rio de Janeiro RJ – Série Papéis, na Bolsa de Valores de São Paulo

São Paulo SP – Série Papéis, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

São Paulo SP – Série Papéis, na Galeria Luisa Strina

1980 Porto Alegre RS – Mapas, na Galeria Salamandra

Ribeirão Preto SP – Papéis, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto

São Paulo SP – Cartografia Anímica, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Obra-Prima do Masp, no Centro Campestre Sesc

1981 São Paulo SP – Indvidual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte

1986 São Paulo SP – O Triumpho de Maximiliano I, no Escritório de Arte São Paulo

1991 São Paulo SP – Os Trabalhos de Eros: preparação para a anunciação da era do filho, na Kate Art Gallery

1992 São Paulo SP – Retrospectiva Wesley Duke Lee, no Masp

1993 Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva Wesley Duke Lee, no CCBB

1999 São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Albedo, no Escritório de Arte São Paulo

São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Rubedo, no Escritório de Arte São Paulo

2000 São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Nigredo, no Escritório de Arte São Paulo

2004 São Paulo SP – Tudo é Desenho, no CCSP

2005 São Paulo SP – Wesley Duke Lee: duas séries inéditas dos anos 60, na Pinacoteca do Estado

2006 São Paulo SP – Individual, na Valu Oria Galeria de Arte

 


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