O assédio moral acaba com a autoconfiança dos funcionários, diminuindo a produtividade da equipe e, não raro, levando a transtornos de saúde mental, como depressão e ansiedade. Por isso, é importante que a empresa crie mecanismos que desestimulem comportamentos abusivos, sobretudo de pessoas em cargos de chefia, e ofereçam canais de apoio e denúncia. 

Este é um assunto áspero, e referências do entretenimento funcionam como uma ótima alternativa para “quebrar o gelo” e facilitar a comunicação sobre o tema. 

Um jeito bacana de engajar os funcionários é organizar sessões de filmes que tratem de assédio moral, mesmo que sutilmente, seguidas de um bate-papo com os profissionais do RH. É interessante mostrar em qual momento da história o assédio moral foi colocado em ação e o que poderia ter sido feito para evitá-lo ou acabar com as situações vexatórias. Sugerimos as seguintes produções:

– O Diabo Veste Prada

– O Diário de Bridget Jones 1

– A Proposta

– Legalmente Loira 1

– Harry Potter e a Ordem da Fênix

É importante abordar o problema por duas frentes: pelo incentivo às denúncias de assédio moral por parte dos colaboradores e pela orientação para a mudança de comportamento de quem o estiver praticando. Colocar esses itens em um programa de compliance é uma boa ideia.

Em relação aos subordinados, deve ser trabalhada a conscientização de que seus empregos não correm perigo caso levem o problema ao RH. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Vagas.com com 4.975 usuários do portal, 87% das vítimas não denunciam assédio no trabalho por medo de ficarem desempregadas ou sofrerem ainda mais assédio. A garantia de confidencialidade e mediação justa (quando necessária) são as chaves para conquistar essa confiança.

Já em relação aos chefes que praticam o assédio moral, é imprescindível uma conversa franca sobre os termos de conduta da empresa e os prejuízos que seu comportamento trazem ao ambiente de trabalho e aos resultados – inclusive financeiros. Se for detectada uma resistência à mudança por parte da pessoa, medidas mais severas, como advertência ou suspensão, devem ser tomadas.

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